segunda-feira, 5 de abril de 2010

AUDIÊNCIA – MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO X PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHÉUS.

Atenção Concursados! Acontecerá amanhã às 09:50hs, dia 06 de Abril, o primeiro verdadeiro confronto entre a Prefeitura Municipal de Ilhéus e o Ministério Público do Trabalho, sobre a interminável novela dos Concursados do Concurso Público 001/2007. Com certeza a Prefeitura irá pra esta audiência com todo seu arsenal de Procuradores, aliás, que é o que mais tem nesta Prefeitura. Segundo fontes Palacianas ao todo são 21. Mas uma coisa é enrrolar os concursados com mentiras, mentiras e mentiras, outra coisa é se explicar ao Ministério Público do Trabalho, sobre inúmeras irregularidades como: Contratos na Saúde de Motoristas, Vigilantes, Auxiliares de Serviços Gerais; Contratos na Secretaria de Assistência Social de Psicólogos, Biólogos, Assistentes Sócias, etc. Contratos estes, que visam apenas empregar apadrinhados políticos. Isso tem que acabar. Vamos confiar na Justiça do Ministério do Trabalho. Quem sabe amanhã será um novo dia. Um dia de vitória para os Concursados.

VINGANÇA E JUSTIÇA

Já escrevi sobre temas diversos, principalmente da área de ciências humanas: Raiva, ciúme, rancor, inveja, ingratidão, amor, ódio, traição, ciúme, felicidade, auto-estima, vaidade, vícios, mentira, etc. Hoje resolvo falar um pouco sobre a vingança e a justiça. Vingança como um sentimento mesquinho e, a justiça como um direito de todos.

Segundo Michaelis, vingança é o ato ou efeito de vingar ou vingar-se; desforra, represália, castigo, punição. Ou seja, quem vinga é vingativo. Portanto é o sujeito de coração duro - má, que não sabe amar. Um fraco, pois, só os fracos não perdoam e nem tem a capacidade de amar.

A vingança é um sentimento torpe e baixo, próprio das pessoas que não se conformam com as perdas e frustrações. Tais pessoas conseguem alimentar um sentimento de raiva até as raias do desequilíbrio. Invariavelmente, elas também trabalham arquitetando a maldade, dando o troco muitas vezes com bastante frieza e premeditação. Não sossegam até atingir o alvo que planejaram: atrapalhar e destruir o outro com palavras e ações de uma forma sub-reptícia ou até bem direta. Algumas vezes, por covardia ou incompetência, essas pessoas partem para descontar suas frustrações em quem não tem nada a ver com a história.

Alguns meses atrás um determinado jornalista aqui de Ilhéus tentava receber sua nota na Prefeitura. Foi um verdadeiro jogo de empurra. Ascom passou para a secretaria de governo, governo passou para o setor de convênios, convênio enviou para procuradoria, procuradoria devolveu para ascom, ascom devolveu para convênio, mais uma vez convênio enviou para governo, governo novamente mandou para procuradoria, procuradoria disse que perdera o processo. Depois de dias encontrara tal papelada e encaminhou para governo e finalmente depois de 30 dias chegou à tesouraria todo o empenho pronto para pagar. Só que antes do empurra-empurra, o jornalista zangado com a burocracia da máquina pública, soltou o verbo justamente naquele que nada tinha com o problema. O secretário de finanças do município. Neste caso não foi exatamente vingança. Porém, se o jornalista publicasse alguma nota divulgando tal situação, na intenção de desabonar, desacatar, esnobar e difamar algum agente ou servidor público, desenterrando até mesmo notícias passadas e comprometedoras, isso sim seria vingança. Creio até que o desabafo do jornalista foi uma questão de justiça, pois, as coisas muitas vezes só funcionam na prefeitura na base da pressão.

Pelo silêncio e ética do jornalista, mostra que a justiça nada tem a ver com a vingança. A justiça é uma reparação de um erro ou um mal cometido sem causa. A justiça é um direito de todos, feridos na sua dignidade e patrimônio. Quando o jornalista se sentiu humilhado, buscou seus direitos e falou grosso. O jornalista falhou ao disparar contra o secretário de finanças, que nada tinha a ver, porém, o secretário de finanças também precisa entender que as pessoas sentem suas raivas momentâneas. No entanto, devido à integridade que possuem, elas voltam rápido ao seu estado normal de equilíbrio e o que acaba prevalecendo, nelas, são a integridade e os valores éticos e morais com os quais foram criadas e formadas.

A justiça dos homens pode estar bem desacreditada pela maioria da sociedade, mas resta sempre a justiça divina. Ela está ao lado das pessoas de bom caráter, que lutam para garantir os seus direitos com todas as forças, mas jamais cometem o erro de praticar a justiça com a sua voz ou com seu teclado. Isso, embora, muitas vezes, dê vontade de fazer, devido à falta de sensibilidade dos poderosos homens públicos, dessídia de muitos que ocupam cargos de confiança, incompetência dos efetivos, e até mesmo à falência das nossas instituições.

O servidor público deve exercer a sua função não pensando em ser admirado pelos outros. Isso é tolice. O servidor deve cumprir suas atribuições, com a naturalidade de um rio que sabe por onde corre, e não para que alguém o aplauda.Cargo, poder e fama são coisas passageiras!


Elias Reis é Radialista, Articulista e Presidente do STERT- Ilhéus.
E-mail:eliasreis.ilheus@gmail.com